sábado, 10 de março de 2012

Inversão

Por muito tempo a emoção tomou de conta dos meus pensamentos
Por muito tempo a emoção falou mais alto que a razão
Em pouco tempo muda todo o roteiro
Em pouco tempo muda a estratégia do guerreio

Agora em frente tudo novo, tudo diferente
A guerra é fria, assim como o sentimento
E o vapor volta a ser sólido
Transformando emoção em razão

[...]

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Excentricidade



Quando eu surjo assim vorazmente, coisas transcendem meus sentidos, sufocam meu equilíbrio e tudo vira tato, pele, ilusão, estação.

É que as vezes eu sou excesso, em outras escassez, é minha essência poética, talvez.

Será a falta de um vício, de um dito escrito, um grito ou um mito? O coração quer pular fora.

Esse meu sentir imperioso ultrapassa corpo, alma e espírito, sinto um desejo enorme de tudo e nada ao mesmo tempo, uma vontade de parar e não me aquietar, quero te tocar com emoção.

Prefiro, todavia, morrer de sentir, amar, gritar, chorar e espernear a me entregar ao mundo vazio de outrora.

sábado, 25 de julho de 2009

Desabafo....

As vezes ficamos tempos e tempos sem um pouco de nós mesmos, por um segundo que seja. Mudamos todos os dias e esquecemos de observar nossas mudanças e quando menos esperamos já não nos conhecemos mais. São atitudes inusitadas, inesperadas, supreendentes. Muitas vezes inconsequentes.

A idade é uma dádiva de amor e dor, que nos torna mais humanos, mais desastrados e desencontrados! É incrível, mas é isso mesmo: desastrados-desencontrados. Na infância somos desastrados por natureza, sem muita noção de consequencias, na adolescencia somos inconsequentes simplesmente por saber o que pode acontecer e, na idade adulta, voltamos a deixar a natureza que há em cada um de nós aflorar, voltamos a ser crianças imaturas, mandonas, egoístas e cheias de razão. Já não sabemos mais pedir desculpas porque estamos sempre certos. A criança está sempre certa por inocência o adulto re-infantilizado está sempre certo por medo. Medo de estar errado, de amar, de não ser correspondido ou de não superar suas expectativas. Abadonamos velhos hábitos adultos de compreensão pela comodidade de sermos compreendidos. Nossos pais são mais crianças ainda que nós e conforme envelhecem, precisam mais de amor, mas como uma replica infantulóide achamos que eles é que tem que nos amar, ora bolas. E é replica porque a criança ama naturalmente de volta, o adulto? Se obriga a não demonstrar esse amor.

O mundo é cruel, o desamor é difundido pelo vento e chega a todos os continentes, dominando a mente humana e nos enchendo de individualismo barato e fajuto! É uma individualidade tão frágil, provoca medo e inconstância. Imediatamente buscamos válvulas de escape, para não pensarmos muito e nos enfiamos num aglomerado de individualidades fragilizadas pelo tempo, pelos tempos... Crises de confiança embalam os novos relacionamentos, as pessoas se aglomeram para juntar o individual, não para misturar-se. Escolhemos ficar mais calados, observar mais as pessoas recém conhecidas e despejamos o excesso nas pobres "pessoas intimas", submetendo-as a julgos presunçosos por não conseguirem ler o que somos ou queremos. Desejamos verdadeiros cartomantes para o que sentimos, pensamos e queremos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"metarmofoseia"

Meu caminho difundiu-se no horizonte e foi transformado nas ondas do mar, que acompanham os ventos ora na beleza de sua leveza ora na fúria voraz e tempestuosa de furacões. Ele encontra o destino e dobra a esquina, esquiva-se da rotina, que martela incertezas...

A intimidade dos meus sonhos não aceita um plano, insiste em buscar por acaso os casos de asas estranhas mas que são minhas, ou não. Busco permamecer em mim e me evaziar daquilo que não sou eu.. meu som, minha luz, eles mudam todos os dias, porque essa sou eu:

uma metamorfose andante!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Cantigas do meu sentir - Parte 1



Sou a estar menos que ontem e, ainda que por uma fração de segundos, sinto não me sentir como outrora: uma flor, da aurora.
Ó verde Sol, com a cor dos meus sentidos, canta pra mim com tua luz amarela, brilha nos meus lábios e... faz-me rir.
Terra que meus pés almejam, chega pertinho, refresca-me com teu cheiro de cuidado e me perfuma de céu, doce céu... Tira o azedo do meu peito e mostra teu arco-iris aos meus olhos, dá um banho no meu corpo, faze-o novo.

domingo, 16 de março de 2008

O cheiro do Céu




Lábios de ternura, os que meu amor tem
Terno amor
Amor e lábios comovem
Lábios em amor, a flor.

Perfume de paixão, o que meu amor tem
Perfumado amor
Amor e perfume sentem
Perfume em amor, a cor.

Cor do céu, a que meu amor tem
Celeste amor
Amor e céu vêem
Cor em amor, ó Senhor.

A Flor.

A Cor.

Ao meu Amor.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Nota ecstática





Ouvindo a velha e inspiradora canção de sempre
Tão dividida quanto o pensamento do compositor
Longe da felicidade? Depende.
O que é ser feliz?
Espero um dia poder falar em gritos discretos
Quero um dia calar escandalosamente
E dizer a todos
Fazê-los sentir...

Meus desejos não passam de variações desvairadas?
Em termos..
O que não é desvairado esses dias?
Prefiro continuar sendo como sou
A continuar sendo como os outros almejam.

Recordações são conduções
Ao que já existiu
Elas me levam a reviver
Emoções.

Vivo, revivo
Almejo ser
Desejo não ser

Dividindo pensamentos
Variando vontades.

The, 15 de Novembro de 2007 (20:33h)